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Narrativa Curta Sobre a cômoda Se perguntassem, eu revelaria o único instante em que me vens: aquele de extrema quietude quando esquadrinho o teto, as paredes e paro no retrato sobre a cômoda. Teimo em mantê-lo ali. Porque o tempo, essa armadilha que tudo cura, foi descuidado comigo. Acostumei com as perdas, não com os danos. Falta-me ânimo para romper a fragilidade desta linha. Não fosse isso, já o teria jogado no sótão com outras tantas tralhas que entulham o passado. M.Cendón
10/04/2015
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